segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

azul

deslizas pela janela
flor silvestre
em azul
que busca o rosto
do lado de dentro
pálido
no ar frio da manhã.

já os dedos se estendem
aos raios de sol
na carícia dum beijo
a beber cristalinas pérolas
desprendidas
lágrimas feridas
dos teus olhos a esmorecer.

escondo o branco lenço
refreado sentimento
dum adeus
que não quero teu
nem meu.