estava aconchegada por dentro da
casca fechada.
sem uma certeza de poder expandir a
sua tão debil pureza, esperava.
era tão dócil o seu tacto que toda a
filtrava nas mãos o desejo de ser
era uma simples semente caída da
por vezes os elefantes choram
choram em silêncio
para que da sua tristeza
os caminhos construídos
não sejam a sua procura
a sua morte prematura.
ensinam os filhos
a afastarem-se
da maldade humana.
Não me peças palavras.
Todos os silêncios viajam mais longe
E se repetem em ecos de liberdade
Quando os dias são de incertezas
E os ventos perdem rumos de nós.
Deixa-me repousar por ti o meu olhar
E em tua pele descobrir a invisível certeza
Dum sol que nunca se deveria apagar
Esquecer a dor e aquecer esse nosso amor.
É no silêncio que mais oiço a tua voz
Dentro de mim
Como se fosses essa linguagem
Que me habita
E traz a paz de quem necessita.
Já não as mãos
da criança
com brinquedos de madeira.
Só mãos sulcadas de rugas
e veios
na aridez da terra.