terça-feira, 30 de novembro de 2021

esperar...

vi-a ainda sem a ver ou, melhor, 
pressenti-a.

estava aconchegada por dentro da
casca fechada.

sem uma certeza de poder expandir a
sua tão debil pureza, esperava.

era tão dócil o seu tacto que toda a
aspereza inicial se desfazia.

filtrava nas mãos o desejo de ser 
germinada, possuída, desejada.

era uma simples semente caída da
palmeira sobre a relva do jardim.

1 comentário:

  1. Tua barca e a cruz de malta
    Encantam o teu espaço
    Por onde há tempo não passo
    E hoje passo por tal falta.
    O teu poema exalta
    Tua postagem tão bela
    Que a todos nós revela
    Poesia em sutileza
    Que faz nossa alma acesa
    Deleitando o que há nela.

    Parabéns, amigo Luíz! Abraço fraterno. Laerte

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